terça-feira, 28 de abril de 2009

FLORES EM BOTÃO

Martinha era uma criança como muitas outras que vemos por aí. Tinha como característica o seu jeito de ser artirtico e exibido. Adorava dançar e se apresentar em recitais de família. Gostava de recitar poesias e colocava a alma quando declamava. Queria ser artista , não importava fazendo o quê. Queria brilhar ! desde cêdo já apresentava dons artisticos. Era a filha caçula de uma "penca" de seis irmãs , talvez por isso fosse tão mimada. A sua irmã mais velha, tinha dez anos a mais e portanto era a 'rapinha do tacho' daquele casal, já não tão jovem ! Tudo o que queria lhe era oferecido com urgência por seus pais. Martinha era feliz. No colégio sempre tirava boas notas e seus pais a festejavam quando o boletim era apresentado para ser assinado. Isso quando ainda tinha sete anos de idade. Gostava da sua professora. Achava-a bonita e não cansava de admirar-lhe o jeito de sentar-se e cruzar as pernas envolvidas em meias finas de sêda. Gostava do seu perfume e adorava ir à escola só para ser beijada por Theresa , a jovem professora primária que se casara recentemente. Porém Martinha ficava triste quando batia o sinal no final da aula, pois via Theresa ir embora com o marido que dava-lhe um beijo apaixonado logo na saída. A menina sentia algo estranho ao ver aquilo e não entendia o que na verdade sentia. Ficava muito triste , chegava as vezes a chorar e a mãe lhe perguntava o que tinha acontecido, mas não sabia dizer. Era a inocência em pessoa. Tivera algumas amiguinhas naquele colégio que lhe ensinaram a beijar na bôca dentro do banheiro. No horário do recreio iam as tres para ao banheiro rindo muito e se trancavam num único reservado e começavam a se beijar apertando a bôca contra a bôca da outra. A pequena Martinha gostava daquilo . Achava engraçado. Queria ser gente grande para poder beijar de verdade. Sabia que não era bem daquele jeito, pois não era assim que o marido de Theresa fazia. As amiguinhas um pouco mais velhas que ela, ensinaram-lhe a masturbar-se muito cêdo. Cruzavam as perninhas sentadas no vaso com a tampa abaixada e conseguiam um orgasmo, o que também nenhuma delas saberia explicar o que era se fossem interrogadas sobre o que faziam. Martinha aprendera depressa pois era interessada naquilo e muito inteligente. Certa vez, a menina fizera aquilo dentro da sala de aula, na primeira fileira onde se sentava, olhando para a sua professora. Notando que Martinha se masturbava, Theresa delicadamente chamara a atenção da criança e pedira que descruzasse as perninhas. Theresa ficara preocupada e passara a observar o comportamento daquela criança. Notara que logo ao bater o sinal do recreio ia para o banheiro e lá se trancava no reservado com as coleguinhas no que foram chamadas atenção. Não poderia acontecer aquilo sem que algum adulto fizesse alguma coisa. O tempo se passara e Marta já fizera dez anos de idade. Saíra daquele colégio e fora estudar em um mais perto de sua casa onde conhecera um garoto e por ele sentira algo estranho que lhe fazia o coração bater forte e desejar estar perto dele. Maurício era tímido e reservado. Tinha a mesma idade dela. Queria namorar aquela garotinha de cabelos louros e olhinhos muito azuis. Numa tarde de festa na escola, criara coragem e roubara-lhe um beijo. Um beijo exatamente como eram os beijos dados pelas suas colegas no banheiro. Não gostou. Achava que seria diferente com um garoto. Fora uma decepção total, porém seu coraçãozinho batera forte e sentira um friozinho na espinha. Começara então a 'namorar' Maurício. Sentia algo muito estranho por ele. Uma coisa que a fazia pensar nele o dia inteiro. Seus beijos eram sempre dados da mesma maneira. Colocava os lábios na bôca da namorada e os apertava contra os dela. Porém ele não conseguira agradar daquela forma e assim a criança deixara de pensar nele e resolvera não mais o acompanhar no horário do recreio. Maurício ficara triste. Fora uma experiência que ela não desejara repetir. Na rua onde morava, morava também uma garôta, mais velha que ela uns dois anos. Martinha se dava bem com todos daquela rua, mas não conseguia se aproximar de Lilian. Por ser a mais velha entre as meninas, Lilian era a líder e era quem escolhia as outras para brincar de 'queimada' jogo que Martinha adorava e era sempre a melhor no colégio, porém Lilian sempre a deixava de fora e nunca a deixava entrar na brincadeira. Ficava sentada no meio fio da rua só assistindo e ela se sentia triste, pois adorava o jeito da menina que era belíssima aos seus olhos. Sentia desejo de ser sua melhor amiga, conhecer-lhe os segredos, saber onde dormia e como dormia. Queria entrar em seu quarto e ser sua confidente. Queria tomar banho com ela, ver-lhe o corpo nu e conhecer-lhe a intimidade. Em casa se masturbava compulsivamente pensando naquela garota. Sentia por ela, que já apresentava sinais de estar crescendo, algo que também não sabia explicar. Passara o tempo e a família de Lilian se mudara da cidade o que fizera Martinha chorar por dias seguidos. Passado o período de tristeza fizera novas amizades. No entanto a lembrança de Lilian sempre lhe vinha à mente e sempre com um nó na garganta. Masturbava-se pensando naquela que renegara a sua amizade e carinho. Martinha estava crescendo a olhos vistos. Seus pais ficavam felizes ao perceber que já não tinham uma caçulinha em casa que precisasse de cuidados tão especiais e ela já saia sozinha com as colegas e estava fazendo aulas de balé. Suas irmãs todas já haviam se casado e era a única filha dentro de casa. Menstruara aos doze anos e chorara muito pois sentira uma tristeza grande ao perceber que já não era mais uma garotinha e tinha mêdo da vida adulta e do que ela lhe reservava. Os anos se passaram e a menina se tornara uma moça muito bonita e cobiçada pelos rapazes daquela redondeza. As vezes aceitava um convite ou outro para sair e assim fora experimentando algumas bôcas e já sabia beijar direitinho. Apaixonara-se todas as vezes que namorara. Todos os rapazes da sua idade já haviam provado o seu beijo. Martinha era um fogo só. Porém queria permanecer virgem pois não tinha curiosidade em relação ao sexo com rapazes. Mas algumas vezes tivera oportunidade de tocar o sexo de alguns deles e sentira-se excitada, mas não a ponto de querer finalizar a experiência. Sentia mêdo de homens. Imaginava que aquele pênis duro poderia machucá-la e sempre muito excitada, deixava que as coisas rolassem, mas na hora H saía fora pois achava que todo homem era abrutalhado e que com certeza, sairia ferida se transasse com algum deles. Sentia esse mêdo todo pois tivera uma experiência muito desagradável, quando um de seus namorados tentara arrancar-lhe a blusa, pois queria ver-lhe os seios que ele estava chupando. O rapaz estava bastante excitado e já colocara o pênis para fora e queria que Martinha o tocasse . Não sabia o que de verdade sentia com relação a isso. Sabia sim, o que sentia ao ser cumprimentada por algumas de suas colegas do cursinho. Adorava tocar-lhes a cintura para dar dois beijinhos. Cobiçava os lábios de Joana, a mais bela jovem daquele colégio. Por muitas vezes saíra da sala de aula para se masturbar no banheiro pensando naqueles lábios tocando-lhe a vagina e pensando em tocá-la com os seus também. Sentira então que o seu desejo pendia para o sexo feminino. Começara a frequentar as ditas festas GLS. Ainda não encontrara a moça do seu agrado em nemhuma festa . Onde tinha um agito desses, lá estava Martinha que se preparava para o vestibular de artes plásticas. Ao prestar o vestibular e passar resolvera , com naturalidade, falar aos seus pais sobre a sua preferencia sexual. Conversara com sua mãe, que ficara estarrecida ao ouvir da filha que gostava de estar com moças e não com rapazes. Contudo dona Julia fizera o impossível para parecer natural, mas não conseguira. Todas as suas outras filhas já haviam se casado e só Martinha permanecia solteira e..sem namorado. Mas conversando com o marido decidiram que seria como a menina desejasse, pois era a mais nova e poderia ser que com o tempo mudasse de opinião. Já na faculdade conhecera Flora, uma jovem independente e de pronto se apaixonaram. Aí acontecera a sua primeira experiência real e verdadeiramente sexual. Estava feliz e provara das delícias do sexo e do amor com aquela jovem muito bonita, morena,cabelos longos e muito negros, sorriso muito branco e um hálito delicioso, sarada e bastante livre. Sua família sabia que era diferente e a aceitava com naturalidade. Recebera a sua companheira de braços abertos num domingo para o almoço, pois morava sozinha num apartamento alugado. Logo depois Martinha anunciara aos seus pais que iria morar com Flora. Fora um choque, mas os seus pais aceitaram e não a recriminaram. Afinal a filha estava muito feliz e era o que importava. Na primeira noite morando com o amor da sua vida, aquela jovem cheia de conflitos interiores, se fez mulher de verdade nos braços de Flora, que tocara-lhe o sexo com a bôca e subira-lhe pelo corpo inteiro acaríciando-lhe com os lábios macios indo encontrar a sua bôca entreaberta esperando o seu beijo. As peles macias das duas moças, eram como veludo e a excitação que sentiam era muito grande e Martinha ensinara Flora o que aprendera no primário sobre masturbação e as duas tinham orgasmos intensos juntas e logo depois começavam a se tocar outra vez e a intensidade do desejo era tão grande que os gemidos eram urros de prazer quando uma tocava o sexo da outra com a língua penetrando as vaginas rubras e perfumadas. Marta sabia como fazer Flora sentir prazer e enroscava-se em seu corpo como se fora uma cobra e a lambia inteira tocando-lhe o ânus com a língua e subia-lhe pelas costas provocando-lhe arrepios e um tesão incontrolável com seus beijos de amor enlouquecidos e quentes. As duas davam-se de uma forma intensa e quando seus lábios se encontravam os beijos eram longos que as faziam sentir as delícias que o sexo entre moças provoca. As vaginas umidecidas eram conchas emperoladas e os dedos longos de Flora haviam tirado a virgindade de Marta que gemia e gemia e sempre queria mais e mais amor...Adorara ter perdido a virgindade por amor e com quem a amava. Era tudo o que desejara para a sua vida sentimental. Quisera ser feliz de verdade e estava sendo. Acordavam juntas e antes de irem para os seus trabalhos se davam outra vez ao prazer de estarem juntas e os seios de Marta, erijecidos pelo tesão eram colocados na bôca de Flora que lambia-os com delicadeza e cada toque de sua mão provocava arrepios nas coxas grossas daquela menina que crescera e se tornara uma mulher que sabia o que de verdade queria para a sua vida. As mãos da amada, tocando delicadamente o seu clitóris e acariciando seu púbis emplumado e macio deixava enebriada e fora do mundo de tanto prazer a amada Flora que tinha dedos quentes e sensíveis ao toque e aquilo a deixava umidecida e tanto prazer. Ao mesmo tempo Martinha tocava-lhe também a vagina com muita leveza que parecia o pousar sutil de um pássaro aconchegando-se no ninho quente e acolhedor. Enfiava-lhe os dedos longos e num valsar que parecia música mexia-os de forma a oferecer orgasmos intensos. Ao mesmo tempo os lábios das duas se tocavam e num beijo pareciam morrer de tanto amor. A plenitude daquele momento as tornara unas em um só sentimento e plenas de realização. O cansaço depois do orgasmo profundo as fazia querer mais e mais e num insaciável deleite de paixão recomeçavam e até serem vencidas pelo sono, se amavam. Contudo na parte da manhã não podiam dar-se ao desfrute de mais amor pelo horário das duas trabalhar. Tinham uma vida bastante ocupada pois ambas trabalhavam e estudavam já que ainda não tinham terminado a faculdade. Os pais de Flora não a ajudavam em nada por ser ela bastante independente e ter um emprego que dava-lhe condições de se manter e pagar os seus estudos e mais o curso que fazia aos sábados de língua estrangeira. Martinha tinha a ajuda de seu pai que fazia questão de dar-lhe mensalmente uma certa quantia para que ela não dependesse da companheira, no entanto Martinha achava desnecessário pois trabalhava e poderia se manter sem precisar que o pai se preocupasse tanto. Mas não reclamava já que sentia a satisfação do seu pai em ajudá-la. Tinham amigos em comum e sempre que podiam, em algum feriadão, viajavam pelos lugares mais lindos do país e tiravam fotos e depois as colocavam em seus murais dentro do quarto. Com o decorrer do tempo já formadas juntaram as economias e viajaram juntas pelas terras européias dos sonhos de Flora. A morenisse de Flora contrastava com a brancura da pele de Martinha. Eram o par perfeito. No exterior beijavam-se nas ruas (nos países onde é permitido) e isso as realizava como mulheres que se amavam. Voltavam cheias de presentes para as famílias que já viam com naturalidade a união das duas moças. o amor quando acontece, não escolhe sexo ou dia vem sempre trazendo paz e transmitindo alegria. Para Martinha fora uma grande realização ter encontrado Flora pois o seu desejo era apenas ser e fazer feliz quem a amasse. As duas já pensam em adotar uma criança, pois o amor que sentem é tanto, que dá para dividí-lo com mais alguém.
Masculina flor.. tem flor masculina que apesar de ser menina, parece um botão.. uma flor macho, eu acho existe ! tem mocinha feminina que só gosta de menina de garôto não gosta não.. e daí ? qual o problema ? se a menina é machinho, se não curte menininho, nem por isso perde o valor... e continua mantendo aquele cheirinho de florrrr ...
Em relação as irmãs de Marta, a princípio houve um pouco de pré conceito mas ela se impôs delicadamente e com o tempo foram todas aceitando Flora como companheira da irmã. Já frequentam juntas os almoços domingueiros da família e Martinha é a tia mais adorada por todos os sobrinhos. Depois de formada resolvera cursar outra faculdade e formara-se em jornalismo. Passara a trabalhar num jornal muito conceituado no país como editora chefe. Em seu trabalho ninguém ousa citar o nome de Marta com deboche e nem o de Flora que também se formara em jornalismo e conseguiram emprego no mesmo jornal onde todos sabem que as dua vivem juntas e são companheiras. Vivem com dignidade e Marta sempre escreve sobre a relação de moças com moças e de rapazes com rapazes lutando pelo fim da discriminação e do pré conceito.


O amor não tem sexo e seria sem nexo se tivesse. amor e emoção são como o coração existem em ambos os sexos. desejo e prazer existem em mim e em você crescem por dentro de nós. quando grita o amor ecoa dentro do peito em uma só voz...



LirÓ CarneirO

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